Descubra quais foram as ações mais negociadas durante a pandemia

O Gorila decidiu levantar as ações mais negociadas antes e durante a pandemia do coronavírus. Veja qual foi o resultado.
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PorAlvara Bianca - 01/09/2020
Atualizado em 27/07/2022
4 min de leitura

A pandemia do coronavírus causou um grande impacto sobre o mercado financeiro. O Gorila decidiu fazer um levantamento para saber quais ações ganharam espaço na carteira dos investidores. Isso mesmo, a ideia é descobrir quais foram as ações mais negociadas durante a quarentena. 

Só neste ano, a Bolsa ultrapassou a marca de 2 milhões de investidores, levados principalmente pelo baixo valor da taxa Selic, atualmente em 2% a.a., e na tentativa de ter maiores rendimentos. 

Está curioso para saber o resultado das ações mais negociadas? É só acompanhar o estudo feito pelo Gorila com base nas movimentações dos usuários da plataforma. 

Ações mais compradas – em volume financeiro

Vale e Petrobras, dois dos mais tradicionais papéis, foram os queridinhos dos investidores. Eles figuram no volume financeiro tanto em compra como venda.

Em volume financeiro, antes da Covid-19 a PETR4 era a 3ª ação mais comprada e passou para a 1ª colocação nos meses da quarentena. A VALE3, por sua vez, manteve o posto de 2ª colocada nos dois períodos.

Papéis de empresas mais consolidadas tem oscilação significativamente menor e continuam dando uma sensação de segurança a mais na carteira. 

Os investidores também negociaram bastante papéis de Itaúsa, Bradesco e Via Varejo. O setor financeiro como um todo, incluindo os bancos e a própria B3, tiveram um número expressivo de compras. 

A Itausa registrou lucro líquido de R$ 598 milhões, queda de 75,4% comparado no mesmo período de 2019, que tinha sido de R$ R$ 2,4 bilhões. Recentemente, a empresa aprovou o pagamento de dividendos no valor de R$ 0,02 (dois centavos) por ação, tendo como base de cálculo a posição acionária final registrada até dia 17 de agosto deste ano. 

No Gorila, em “Eventos da Carteira”, você acompanha o quanto recebeu de dividendos, JSCP, desdobramentos e muito mais. 

Ações mais vendidas – em volume financeiro

Agora analisando as ações mais negociadas em volume financeiro, dois papéis se destacaram bastante: Cogna e Azul. 

No período antes da pandemia (de 1 de janeiro a 14 de março) a Cogna saltou de 48ª para 8ª ação mais comprada entre 15 de março e 15 de julho, já durante a pandemia. A Azul viu sua colocação melhorar dentro da carteira saindo da 52ª para a 9ª colocação. 

Os investidores vem então apostando em uma recuperação, visto que a Cogna atua no ramo educacional, sendo uma das maiores empresas, e praticamente todas as escolas no país continuam fechadas. 

Diante desse cenário, as instituições de ensino ainda precisam enfrentar índices preocupantes de inadimplência, evasão de alunos e pressão de pais por descontos nas mensalidades. 

Dessa forma, visando lucrar, muitos seguem a linha investindo em ações de comprar barato e vender caro. A Cogna, por exemplo, tem uma volatilidade bastante alta e vêm alternando fases de valorização e depreciação. 

E a Azul, por sua vez, espera retomar o número de voos fortemente afetado pelas medidas de isolamento social, além de efeito cambial. No 2º trimestre do ano a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 2,9 bilhões. 

Ações mais compradas – em número de transações

Quando olhamos as movimentações nas carteiras cadastradas no Gorila em número de transações, encontramos um cenário um pouco diferente. 

Itaúsa continua sendo a ação mais comprada, tanto antes do coronavírus aparecer, e se manteve pelo menos até 15 de julho, data final do nosso levantamento. 

Via Varejo subiu uma posição tomando o lugar da Petrobras, que agora é a 3ª ação mais comprada na pandemia. 

Em momentos de tanta instabilidade, o setor bancário foi visto com bons olhos pelos investidores. Ações de Bradesco e Banco do Brasil que não estavam no ranking de top 10 agora fazem parte, em 5º e 7º lugar, respectivamente. 

Entretanto, o setor ainda sofreu queda nos preços por conta do projeto de lei que o Senado aprovou limitando os juros anuais de cartão de crédito e do cheque especial a 30% ao ano durante o estado de calamidade pública decorrente da pandemia de coronavírus.

De acordo com o Banco Central, em junho,  os juros anuais do rotativo do cartão chegaram a 300,3% e do cheque especial a 110,2%. 

De qualquer maneira, os bancos brasileiros cresceram em tal medida que juntos detêm 1/5 das ações negociadas na B3. 

Ações mais vendidas – em número de transações

Com o isolamento social, quem tinha papel da Azul não quis arriscar mantendo-os. Se antes a ação era a 63ª, virou a 7ª na lista de vendas. A ação que no início de março beirava os R$ 45 despencou para pouco mais de R$ 10 em seus piores dias. 

Tanto antes quanto durante a pandemia, a Via Varejo liderou o número de transações de vendas. Alguns investidores tomaram essa ação já para realizar lucros e outros em dúvida se a empresa suportaria a crise. A companhia responsável pelas redes Casas Bahia e Pontofrio teve alta de 85% no ano. 

Essa guinada está relacionada à reestruturação promovida pelo grupo liderado pelo empresário Michael Klein, que assumiu o comando no ano passado. A Via Varejo também conseguiu durante a pandemia um forte resultado das vendas pela internet. 

E você, que operação fez dentro da carteira? Segurou algum papel e já lucrou? Acesse o Gorila para acompanhar a performance de todos seus ativos. Em Rentabilidade Avançada você checa no detalhe o desempenho de cada ação podendo comparar com o Ibovespa. 

Gráfico extraído do Gorila mostrando a rentabilidade acumulada de PETR3 ao longo de um ano 

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