A geração de valor na Data Economy através da cultura organizacional

No FEBRABAN TECH 2024, especialistas em tecnologia destacaram o papel da cultura das instituições financeiras para lidar com dados.
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Por Ednael Ferreira - 26/06/2024
3 min de leitura

Uma das discussões do FEBRABAN TECH 2024 foi a importância da cultura interna das empresas para maximizar as oportunidades oferecidas pela Data Economy.

Para as instituições financeiras, a capacidade de coletar, analisar e utilizar dados de maneira eficaz é fundamental para criar valor e manter a competitividade no mercado. Essa habilidade não se limita apenas à adoção de tecnologias avançadas, mas também depende de uma mentalidade organizacional robusta que valorize a importância dos dados. 

No painel “As possibilidades de geração de valor na Data Economy”, Guilherme Assis, CEO do Gorila; Leandro Andrade, Chief Data & Analytics Officer do Itaú Unibanco; Rodrigo Vasconcelos, Diretor de Negócios Digitais do Banco do Brasil; e Bruno Diniz, da Spiralem Innovation Consulting, discutiram como o mercado está buscando internalizar esse trabalho para obter um diferencial competitivo.

Os painelistas concordaram que é crucial que todos os colaboradores, desde os níveis operacionais até a alta gestão, compreendam o papel estratégico que os dados desempenham nas operações e na tomada de decisões. Investir em treinamento contínuo e no desenvolvimento de habilidades analíticas é essencial para que a equipe consiga transformar dados brutos em insights valiosos.

Guilherme Assis, CEO do Gorila

Assis ressaltou a importância da developer experience, ou seja, a qualidade da interação dos desenvolvedores com ferramentas, processos e ambientes que facilitam a criação de software eficiente e eficaz. “Não é apenas construir uma feature ou um produto, é construir uma empresa que consegue iterar”, disse. 

Com a utilização de dados, é possível desenvolver produtos financeiros que atendam de maneira precisa às necessidades individuais dos clientes, desde investimentos personalizados até soluções de crédito mais adequadas. Além disso, a capacidade de prever tendências e identificar riscos com antecedência torna a gestão financeira mais robusta e proativa.

Outro benefício significativo é a melhoria na tomada de decisões. Com a análise de grandes volumes de dados, os bancos podem identificar padrões e insights que anteriormente passariam despercebidos. Isso não só melhora a eficiência operacional, mas também proporciona uma vantagem competitiva ao permitir que as instituições respondam rapidamente às mudanças do mercado e às preferências dos clientes.

Experiência do cliente e Open Finance

“Quando a gente fala de Data Economy, também falamos de experiência,” afirmou Assis, enfatizando que a verdadeira vantagem competitiva está em como os dados são utilizados para criar valor prático e tangível. Rodrigo Vasconcelos, do Banco do Brasil, acrescentou que o Open Finance tem muito a agregar nesse sentido, mas apresenta um desafio duplo: maximizar a experiência do cliente enquanto se integra a um ecossistema de dados mais aberto e interconectado.

“O brasileiro adotou o PIX de maneira exponencial em todas as camadas da sociedade, mas para o Open Finance o desafio está em comunicar claramente aos clientes o que ele representa e como pode beneficiá-los” afirmou Vasconcelos.

Participantes debatem as possibilidades de geração de valor na Data Economy no FEBRABAN TECH 2024

Padronização de dados e cibersegurança

A harmonização das diferentes regras e padrões também é um desafio complexo na data economy. As instituições financeiras precisam navegar por um cenário regulatório fragmentado, onde as exigências podem variar amplamente. 

Os especialistas explicaram que esse cenário exige uma abordagem estratégica e flexível para garantir que as operações sejam eficientes e conformes em todas as jurisdições.

Além da padronização, na economia da era dos dados é necessário garantir a segurança das informações dos clientes. 

Assis mencionou que conforme o Gorila começou a atender instituições financeiras maiores, a necessidade de atender a padrões rigorosos de segurança tornou-se ainda mais evidente.

Na outra ponta, Leandro Andrade, do Itaú, explicou que a proteção dos dados dos clientes envolve três aspectos cruciais: privacidade, proteção física e investimento em segurança. 

O Itaú investe fortemente em estratégias de segurança física e digital, garantindo a custódia robusta dos dados dos clientes. A estratégia de perímetro escondido é um exemplo do compromisso do banco em manter os dados protegidos contra ameaças cibernéticas.

Em resumo, a Data Economy oferece um vasto mar de oportunidades para as instituições financeiras, mas também exige uma abordagem cuidadosa e estratégica para superar os desafios relacionados à segurança, privacidade e regulamentação. As instituições que conseguirem equilibrar esses aspectos estarão melhor posicionadas para aproveitar as vantagens da economia baseada em dados e entregar valor significativo aos seus clientes.

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